segunda-feira, 15 de junho de 2009

What Makes Things Break Up Like They Do

Wow, olha quem está viva! haha.

Poxa estou de férias desde o começo do mês e não fiz nenhuma postagem, ?
Aí, ontem como assisti dois filmes legais, resolvi postar hoje para comentar sobre os temas abordados neles. Ao som de uma moça que alguém me mandou, chamada Hana Pestle, farei essa postagem.

Um dos filmes que eu assisti foi Ira & Abby, ou vice-versa. O filme aborda a questão do "casamento" e o que ele representa na/pra sociedade.

Abby é uma menina romântica, apaixonada, bondosa, ajuda a todos e vê em seus pais o casamento perfeito, casados a 32 anos os pais de Abby parecem viver diariamente em lua-de-mel, portanto Abby se espelha no modelo deles para se realizar no campo afetivo. No momento em que Abby conhece Ira sente que ele é especial, que ele pode ser o "the one" então de uma forma repentina e inusitada os dois decidem se casar no mesmo dia em que se conheceram. Ira é um cara estranho, mau-humorado, que tem uma dificuldade imensa em tomar decisões e fazer escolhas, porém ele é um personagem engraçadinho. Quando os dois decidem se casar, os pais de Abby acham maravilhoso saber do casamento da filha, já os pais de Ira acham que ele ficou louco de casar-se com uma completa estranha.

Ah, esqueci de mencionar um fato muito importante, a presença EXPRESSIVA de: terapeutas, analistas e psiquiatras no contexto do filme, todos os personagens da trama em algum momento vão a um desses especialistas falar sobre seus problemas. A mãe e o pai de Ira são terapeutas.

No filme meio que se cria um modelo padrão de casamentos, fala sobre seus problemas, seus mistérios e suas traições, é. Acho que essa é a palavra-chave do filme, traição. Após o casamento rêlampago, Abby e Ira fazem o processo inverso da maioria dos casais, ou seja, começam a se conhecer quando já estão vivendo a situação matrimonial, e isso gera alguns conflitos entre eles, mas sempre fica bem evidente no filme que os dois tem um encantamento profundo um pelo outro, mesmo com as diferenças. Infelizmente em determinado momento essas diferenças terminam com a relação dos dois, mas a depêndencia afetiva de um pelo outro faz com que eles voltem a ficar juntos, porém sobre novas condições, pois durante o enredo descobre-se que o casamento "perfeito" dos pais de Abby não é tão perfeito assim quando descobrem que o pai dela está tendo um caso com mãe de Ira. Confuso, ? haha.
O pai de Ira sabe da traição da esposa, porém não a condena porque no passado já a traiu também, então pra ele é como um "empate", zero a zero, ficaram "quites". Devido a isso ele finge não saber de nada e deixar como está. Já a mãe de Abby não aceita a traição e se separa do marido, que se arrepende da traição e sente muita falta da vida que levava com sua ex-esposa e tenta reconquistá-la.

Depois de toda essa quebra de casamento perfeito/ideal, Ira e Abby decidem não mais acreditar nas regras sociais, no que está no papel e sim acreditar no amor dos dois, pura e simplesmente. Então eles se divorciam mas continuam juntos e apaixonados.

Moral da história, o filme aborda a questão de que o casamento é basicamente um contrato, em que você julga valores sentimentais e afetivos num pedaço de papel de forma racional, portanto muita vezes para sustentar a essa estética social muitos casamentos após alguns anos viram uma farsa, um jogo de aparências só para manter esse tal contrato.

Eu gostei do filme justamente por isso, sempre disse que não tenho aquela fantasia de me casar porque eu não preciso disso para viver uma história de amor, pra viver com alguém, dividir minha vida, minha intimidade. Creio que não precisa assinar nenhum papel pra deixar isso claro, só precisa amar e ser amado. Dividir dos mesmos sentimentos e querer que aquilo dê certo já basta. E se por ventura um dia não estiver mais funcionando para algumas das partes, ou para ambas, cada um segue seu caminho sem precisar reincidir o contrato, ou passar por toda aquela burocracia ou desgaste emocional que envolve um divórcio, uma separação judicial, enfim.

Por fim, recomendo a todos que dividem dessa filosofia a assistir esse filme! :)
Na próxima postagem falarei do outro filme, Amor aos Pedaços.